domingo, outubro 31, 2004

Venha assim
Para mim
Do teu jeito

Venha, sim,
Para mim...
No meu leito

Vem sem fim
Que te espera
Meu peito

sábado, outubro 02, 2004

O certo é a carne.
Viva a carne!
Ainda que minh´alma fique assim:
Em carne viva...

O certo é o corpo.
Viva o corpo!
Ainda que minh´alma fique assim:
Dilacerada...

O certo é o sexo.
Viva o sexo!
Ainda que minh´alma fique assim:
Aquém de tudo...

domingo, setembro 26, 2004

Tempo
Tempo-Rei...
Areia a escorrer por entre meus dedos
Ensina-me, ó tempo, teus segredos...

Tempo
Tempo-Rei...
Murmúrios a escorrer por entre meus medos
Afasta-me, ó tempo, dos teus brinquedos...

Tempo
Tempo-Rei...
Saudade a escorrer por entre meus dias
Do tempo, e da atenção, que me darias...

quinta-feira, setembro 16, 2004

Dorme, anjo meu, dorme
Que a vida lá fora anda triste
Que a vida lá fora anda nua
E teus olhos não são para este mundo

Dorme, anjo meu, dorme
Que a vida la fora inexiste
Que a vida la fora continua
E teu sono se faz já tão profundo

Dorme, anjo meu, dorme
Que te velo daqui, agora e sempre
Guardião do teu sono e teu repouso
E do amor que transcende toda rima

domingo, abril 25, 2004

Poesia só para ti

Eu também pergunto
O que, afinal, diria
Numa poesia assim...
Só para ti...

Numa poesia
Sobre encomenda
Sobra sentimento?
Sobra frenesi?

Alma que floresce
Entrelaçada à sua...
Tua carne nua
a me consumir...

Corpo sobre corpo,
Só em pensamento.
Ah!...por um momento
Ter você aqui...

domingo, março 28, 2004

Nao duvido de ti, mas sim da vida
que me leva por tantos descaminhos
e me faz tanta vez estar sozinho
a sentir que vivia sem guarida

Eu duvido da vida, e nao de ti
Posto que ja estou bem calejado
e nas trilhas por onde tenho andado
Muito espinho e pouca flor eu vi

Mas ainda me resta o teu sorriso
E por um breve instante isso basta
Sendo mais, muito mais do que eu preciso

Embalado eu fico na lembrança
da imagem que para ti me arrasta
Miragem de um sonho que realizo

quinta-feira, março 18, 2004

A mesma saudade?
Será possivel?...
Tantas formas para mesma essência...

O que me invade?
Indescritivel...
Compartilhar tua indecência

Agora é tarde
O indizível
Se coloca em evidência.

domingo, janeiro 11, 2004

Um amor nao tem que convir
A este, aquele ou aquel'outro
Interesse escuso e estrangeiro
Alheio ao que seja amar

Alheio ao que seja entrega
Avesso ao que seja desejo
Amor que a si mesmo nega
Não ha de escapar ileso

Não ha de se manter aceso
Perdendo o que tem de sublime
Ainda que mais nada rime
Um amor?... nao tem que convir.